Síndrome de burnout: como afeta os colaboradores?

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A síndrome de burnout está cada vez mais presente no mercado de trabalho. Segundo pesquisa realizada pela Isma (International Stress Management Association), a doença afeta cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros.

Ambientes negativos contribuem para o desenvolvimento do problema. O desgaste dos colaboradores chega a um nível em que esse tipo de condição se torna comum. A própria empresa é prejudicada por conta disso, já que os funcionários ficam incapacitados e, consequentemente, os índices de absenteísmo aumentam.

Neste post, vamos explicar o que é a síndrome de burnout e dar algumas dicas de como a organização pode ajudar a combatê-la. Acompanhe!

O que é síndrome de burnout?

O termo burnout é usado para indicar um estado de total esgotamento físico e mental provocado por fatores ligados ao trabalho. Apesar de muitas vezes a condição ser confundida com o estresse, é importante entender que se trata de uma doença mais grave.

Enquanto que o estresse é originado por uma situação específica e dura pouco tempo, o burnout se manifesta de maneira mais silenciosa e gradativa. Essa síndrome acompanha o indivíduo por um longo período.

Os sintomas podem se manifestar tanto física como emocionalmente. Os mais comuns são:

  • fadiga, apatia e desânimo constantes, mesmo em períodos de descanso;
  • baixo rendimento no trabalho, irritabilidade e falta de concentração;
  • baixa autoestima, insônia, palpitações e dores de cabeça;
  • relacionamento distante com família e colegas;
  • sensação de estar sobrecarregado o tempo todo;
  • necessidade de medicamentos ou de bebida alcoólica para relaxar;
  • sensação de que não é recompensado no trabalho como deveria.

Qual a relação entre a síndrome e o desgaste dos colaboradores?

Uma pesquisa feita pelo Instituto Kronos citou os três fatores principais que provocam o burnout: remuneração injusta (41%), carga de trabalho excessiva (32%) e excesso de horas trabalhadas (32%). Outros fatores comuns são uma gestão fraca, ambiente de trabalho negativo e funcionários que se sentem desconectados de sua função na empresa.

Ao avaliarmos esses dados, podemos perceber que uma organização que se esforça em oferecer condições melhores de trabalho pode evitar o surgimento desse problema. Com a adoção de algumas estratégias é possível inibir o desgaste excessivo dos trabalhadores e, assim, manter a saúde e o bem-estar deles.

Lembre-se de que a síndrome de burnout não é um problema do funcionário. Por estar relacionada às condições de trabalho, ela é um sintoma de que algo não vai bem dentro da empresa. Cabe a esta tomar providências para combater o problema, antes que ele impacte de maneira dramática na produtividade e no rendimento das equipes como um todo.

Quais são as melhores estratégias para prevenir o burnout?

A melhor forma de prevenir a doença é valorizar os profissionais e respeitar seus limites, apesar das metas a serem alcançadas. Levando isso em consideração, propomos algumas ações que a organização pode adotar.

Reconhecer os colaboradores

O reconhecimento vai além do pagamento de bônus e benefícios. A empresa deve apresentar uma perspectiva de crescimento para os colaboradores, com planos de carreira claros e bem estruturados.

Além disso, outras formas de reconhecimento podem trazer bons resultados: horas ou uma tarde de folga, um almoço especial, um agradecimento público. A intenção é valorizar e fazer com que o trabalhador perceba que seu esforço é visto pelos gestores.

Melhorar a comunicação interna

Um canal aberto de diálogo entre colaboradores e empresa pode fazer toda a diferença na motivação dos profissionais. Assim, é possível entender quais são as dificuldades enfrentadas diariamente e trazer soluções para esses problemas pontuais.

Além de satisfazer as demandas do profissional, a liderança consegue esclarecer quais são as expectativas da empresa em relação ao desempenho do colaborador. Dar esse feedback evita cobranças em excesso.

Investir em um bom ambiente de trabalho

O ambiente é um dos fatores que mais impactam na saúde dos trabalhadores. O local deve ser limpo, com condições adequadas e projetado ergonomicamente. Mais do que isso, espaços para descompressão e descanso ajudam muito a relaxar entre uma atividade e outra, o que potencializa a performance.

Mas além do espaço físico, o ambiente deve ser entendido também como as condições psicológicas de trabalho. A carga de trabalho não pode ser excessiva ― se isso estiver ocorrendo, talvez seja o momento de pensar em contratar novas pessoas.

O relacionamento com os colegas e, principalmente, com a liderança deve ser transparente e harmonioso. Clima de competição e medo são fortes fatores estressantes e podem levar o colaborador a desenvolver a síndrome de burnout.

Apostar em soluções de bem-estar

A empresa precisa estar atenta à saúde do funcionário como um todo. Então, por que não investir em soluções que ajudem a cuidar do profissional?

A organização pode incluir os chamados programas de bem-estar, que incentivam uma alimentação mais saudável e a prática de exercícios. Eles têm um custo baixo quando comparados aos prejuízos provocados por faltas e afastamentos.

Oferecer frutas e outros alimentos saudáveis pode ser uma boa ideia. Outra sugestão é disponibilizar sessões curtas de alongamento, massagem ou meditação dentro das dependências corporativas. 

Algumas empresas também recorrem a soluções que ajudam seus funcionários  a manter hábitos saudáveis através de técnicas de gamificação. A Go Good, uma health tech brasileira, oferece uma solução de bem-estar corporativo focado na redução do custo de saúde através da melhoria da qualidade de vida dos colaboradores. Conheça mais sobre o trabalho deles clicando aqui!

Permitir a flexibilidade no trabalho

O trabalho remoto é uma tendência crescente no mercado atual e que pode fazer toda a diferença na saúde e no bem-estar dos seus funcionários. Permitir que eles trabalhem de casa ou do lugar que julgarem melhor ajuda muito a diminuir o desgaste. Afinal, não precisarão enfrentar o trânsito e as horas de deslocamento.

A empresa não precisa liberar o funcionário para esse regime em tempo integral. Uma vez por semana ou a cada 15 dias já traz um impacto muito positivo.

Outra boa estratégia é dar flexibilidade de horário. Cumprir com a carga horária fora do que é estabelecido normalmente também pode ajudar o trabalhador. Isso porque o modelo permite que ele descanse ou participe de atividades importantes com a família ou de seu interesse pessoal.

Agora que você já sabe o que é a síndrome de burnout e como o desgaste mental dos colaboradores contribui para o desenvolvimento dessa doença, pode trabalhar de maneira pró-ativa. A ideia é evitar que esse seja um dos motivos de afastamento de funcionários e, consequentemente, de queda da produtividade.

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Este texto foi produzido por Lígia Gama, em parceria com a Rock Content.

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