Employer branding: o que é e como pode ser aplicado pelo RH?

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Como você deve ter notado em recrutamentos recentes, as empresas enfrentam forte concorrência para atrair e reter talentos. Assim, ao lado de uma identidade associada a produtos e serviços, os negócios precisam investir em employer branding.

Construir uma marca empregadora é a melhor estratégia para contar com profissionais mais qualificados. Sem contar que os seus reflexos serão sentidos nos resultados das equipes, principalmente no atendimento de clientes, fornecedores, parceiros e demais interessados no negócio.

Sendo assim, como nosso papel é sempre buscar soluções para superar os desafios da gestão de pessoas, especialmente reter talentos e otimizar as equipes, continue a leitura deste conteúdo e conheça as principais informações sobre employer branding!

O que é employer branding?

A estratégia de construção de uma marca empregadora consiste em adotar práticas e técnicas para promover a organização junto aos profissionais. Seu ponto central é fixar uma identidade capaz de atrair e reter talentos, estabelecendo a empresa como um lugar em que as pessoas desejam trabalhar.

Quais os objetivos desse conceito em relação aos colaboradores?

O propósito do employer branding é similar ao de desenvolver uma marca comercial. Por um lado, busca-se a atração de pessoas e, por outro, a fidelização dos já conquistados. Assim, com profissionais mais gabaritados, é possível otimizar as competências das equipes.

Resumidamente, é como se a oportunidade de trabalhar na empresa tivesse um significado diferente, quer seja pelas vantagens oferecidas, quer seja pela identificação. Pense em como os profissionais enxergam o Itaú, a Google, a General Eletric, a L’Oréal e outras empresas com sucesso na área.

Como funciona?

Para concretizar esse conceito, os gestores de pessoas investem prioritariamente na satisfação dos colaboradores. Trata-se de entender a percepção sobre a marca e buscar desenvolvimento, em termos de fortalecimento da cultura, sistemas de benefícios, remuneração, treinamentos e outras práticas.

Essa proposta de valor ao funcionário — employee value proposition(EVP) — é determinante para que as decisões individuais pesem em favor da empresa, além de auxiliar em indicadores, como motivação, engajamento e produtividade.

Para que serve?

Ao satisfazer as necessidades dos colaboradores e contar com os melhores profissionais, a organização se torna mais competitiva. Lembre-se de que, cada vez mais, os talentos são essenciais para lidar com o mercado volátil dos dias de hoje e estabelecer condições favoráveis para o crescimento.

Nesse sentido, o employer branding é, por meio da qualificação e do engajamento das equipes, uma das estratégias para atender aos requisitos das partes interessadas, como consumidores, fornecedores, parceiros, franqueados e afins. Trata-se de contar com pessoas capazes de, a todo momento, encontrar soluções para promover os desejos e necessidades de quem interage com o negócio.

Que vantagens ele pode trazer à empresa?

Os investimentos em employer branding afetam indicadores-chave de recursos humanos, repercutindo no desempenho organizacional. Veja alguns pontos relevantes a seguir.

Retenção de talentos

Construir uma marca empregadora melhora a proposta de valor ao colaborador. Consequentemente, os talentos serão atraídos e mantidos por mais tempo, conservando-se suas competências técnicas e comportamentais nos quadros da organização.

Otimização das equipes

Com profissionais mais talentosos, o conjunto de competências das equipes será fortalecido, inclusive, com a possibilidade dos profissionais trocarem experiências e conhecimentos valiosos entre si. Logo, a capacidade dos grupos é gradualmente otimizada.

Redução de turnover

A rotatividade é um quesito indiretamente atacado. Isso porque, ao criar um local em que as pessoas desejam trabalhar, naturalmente, as chances de desligamento e necessidade de substituição serão reduzidas, ainda que não fosse o objetivo primário da medida.

Minimização de custos

Empresas sem uma marca empregadora forte, muitas vezes, são obrigadas a inflacionar salários e a ampliar o alcance de processos seletivos. Logo, como o employer branding torna a proposta de valor mais atrativa, esses gastos serão mitigados.

Aumento de motivação, engajamento e produtividade

Assim como ocorre com as marcas comerciais, as pessoas desenvolverão uma relação diferenciada com a empresa. Na prática, o contato não estará limitado a um acordo para prestação de serviços, mas os colaboradores serão identificados com a imagem da organização, sua missão, visão e valores. O que conduz ao crescimento da motivação, do engajamento e da produtividade.

De que maneira ele pode ser aplicado pelo setor de RH?

Embora exista um objetivo bastante claro, não há um único caminho para concretizar a employer branding. É possível identificar uma série de estratégias que podem ser combinadas nessa tarefa:

  • desenvolvimento de lideranças;
  • pesquisas de clima organizacional;
  • fortalecimento da cultura da empresa;
  • estruturação de planos de carreira;
  • estabelecimento de programas de bem-estar;
  • criação de políticas de marketing de incentivos;
  • oferecimento de programas de treinamento;
  • entre outras.

Na verdade, os gestores precisam encontrar o modo de ser da organização para, a partir desse ponto, desenhar as características a serem agregadas à imagem e definir as estratégias para essa associação.

Entender as características atuais

A People Analytics será determinante. As empresas precisam conhecer a imagem junto aos profissionais, o que demanda a reunião e interpretação de dados, como indicadores de satisfação, motivação, employee experience, força da cultura organizacional, necessidades e interesses.

Igualmente, a coleta de feedbacks das lideranças exercerá um papel relevante. Os líderes, frequentemente, levam as demandas das equipes ao conhecimento do RH, contribuindo para análise da empresa enquanto lugar para se trabalhar.

Reduzir a lacuna entre o real e o ideal

Com esse diagnóstico, é possível comparar o modelo ideal de marca empregadora com a percepção compartilhada pelos profissionais. O que deve ser sucedido pelo desenvolvimento de estratégias e criação de processos para aproximar esses polos.

Uma dica é utilizar o circuito PDCA para realizar um aprimoramento constante:

  • planejar (plan): estabelecer os objetivos, metas e estratégias;
  • executar (do): colocar os planos em prática;
  • checar (check): verificar quais foram os resultados obtidos, as melhorias e as deficiências;
  • agir (do): padronizar o que funciona e corrigir o que não funciona.

Sendo assim, gradualmente, a employer branding ganhará corpo e será aperfeiçoada com melhorias periódicas. Então, experimente algumas das estratégias citadas e colha os seus benefícios.

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Este texto foi produzido por Henrique Dener dos Anjos Rezende, em parceria com a Rock Content.

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