O que aprender com a cultura organizacional em grandes empresas? Veja como Spotify, Netflix e Disney trabalham sua cultura!

Compartilhe este artigo na sua rede

A cultura organizacional em grandes empresas é um fator importante que norteia toda a ética corporativa, os processos seletivos e a maneira de trabalhar. Mais do que uma simples característica, é a cultura organizacional que traz a marca e a filosofia da organização, influenciando diretamente nos resultados obtidos.

Mas o que esse conceito realmente representa e como ele influencia os resultados que são alcançados? Acompanhe este post e veja a resposta para essas e outras perguntas! Vamos lá?

O que é cultura organizacional?

Podemos definir a cultura organizacional como sendo a essência da empresa, o conjunto de hábitos e valores que todos compartilham — independentemente da posição hierárquica que ocupam.

Além do mais, esse conceito está relacionado com toda a rotina corporativa, atuando como ponto de partida para o comportamento. Engloba, também, as crenças, as expectativas e as políticas internas.

Uma boa cultura organizacional parte da liderança

Os diretores, mesmo não sendo os únicos criadores desse conceito, têm grande responsabilidade na prática dela. Afinal, uma boa cultura organizacional vem de uma mensagem bastante clara. Nesse sentido, é importante que os valores da empresa sejam bem definidos e transparentes, facilitando a adesão dos colaboradores.

Para que isso ocorra, é importante contar com bons exemplos! Como os líderes são os principais expoentes dessa cultura, são eles que devem, portanto, assumir a postura esperada dos demais funcionários.

Quais são os impactos de uma boa cultura organizacional em grandes empresas?

Uma cultura organizacional bem definida gera consequências diretas na corporação, afetando o seu crescimento e a sua reputação no mercado. Entre os principais impactos, podemos destacar os seguintes!

Produtividade

Os profissionais que atuam em empresas que tenham uma cultura organizacional robusta e positiva tendem a ser mais engajados e apresentarem índices maiores de produtividade.

A qualidade dessa produção também é afetada, já que há a preocupação não apenas no fazer, mas em fazer bem-feito. Com isso, a corporação é favorecida, aumentando a receita e alcançando metas.

Satisfação dos clientes

Ainda como consequência do maior engajamento dos profissionais, a qualidade do atendimento é aperfeiçoada, levando a um alto nível de satisfação dos clientes.

Funcionários felizes e bem-humorados são o princípio de um atendimento de excelência, que preze pela valorização dos consumidores.

Construção do employer branding e diminuição do turnover

Uma cultura organizacional favorável foca na valorização dos funcionários, criando um ambiente agradável e aberto a novas ideias. Assim, quando o colaborador percebe que não é apenas um número, tende a trabalhar mais tempo no mesmo lugar, diminuindo o índice de demissões voluntárias.

Além disso, a imagem da corporação como marca empregadora é fortalecida, ajudando a atrair os melhores talentos.

Como empresas de destaque trabalham a cultura organizacional?

Grandes empresas, com nome forte e reconhecido no mercado, contam com uma cultura muito bem estruturada. Vamos citar aqui três excelentes exemplos que ilustram como as práticas internas, associadas à missão e aos valores corporativos, fazem a diferença. Acompanhe!

Disney

Duas das características mais marcantes da Disney é a simpatia e a valorização do bom atendimento. Lá, todos os funcionários estão empenhados em oferecer uma experiência mágica e inesquecível aos visitantes. Por esse motivo, os colaboradores passam por um treinamento tão intenso, que ficam preparados para lidar com qualquer imprevisto e se tornam capazes de prestar um atendimento personalizado aos clientes.

Estratégia que está alinhada à chave principal da cultura organizacional da Disney — que é encantar —, entregando sempre um valor maior do que foi prometido. É por essa razão que a cultura de lá provoca um engajamento poderoso nos visitantes!

Mas, para que isso ocorra, toda a equipe deve vestir a camisa e estar preparada para lidar com qualquer tipo de tarefa — de varrer o chão a resolver um problema complexo, independentemente da hierarquia. Também há a preocupação em manter todos os equipamentos e brinquedos em pleno funcionamento, garantindo a boa experiência dos clientes.

Netflix

A Netflix tem uma cultura organizacional muito focada nas pessoas, já que a empresa busca por profissionais maduros, com características de liderança e de autogestão. Ao avaliar as políticas corporativas, entendemos o porquê dessas exigências.

Não há cobranças diárias dentro do ambiente de trabalho da Netflix: os próprios colaboradores determinam o que é preciso para realizar um projeto e definem a data para a entrega. Dentro desse acordo, é esperado que ele faça o melhor trabalho possível e conclua dentro do prazo que foi estipulado.

A cultura organização da Netflix despreza hierarquias e entende que, se contratou o melhor profissional do mercado, ele vai agir de acordo com essas expectativas.

Para a empresa, o que interessa é a qualidade da entrega, não o tempo de experiência. Mais do que isso: os funcionários são incentivados a tomar decisões e se exporem ao erro — como a empresa espera por inovação, ela dá o espaço necessário para que aconteça.

A liberdade é tanta que os colaboradores escolhem quando vão tirar férias e quantos dias vão precisar de licença maternidade e paternidade. Trata-se de uma cultura que valoriza os profissionais como indivíduos, enxergando-os como pessoas maduras, capazes de atender às expectativas e assumir as próprias responsabilidades.

Spotify

O Spotify também é um serviço de streaming, assim como a Netflix, com uma estrutura robusta e bem planejada.

A empresa trabalha de acordo com a Metodologia Agile: com base no planejamento interativo, que prioriza a realização do projeto em etapas curtas, o Spotify atua por meio de uma abordagem flexível e dinâmica — o que favorece a produtividade e a transparência na realização das tarefas.

Para a gestão de pessoas, a empresa acredita na organização dos funcionários em equipes autônomas e independentes, mas que colaboram entre si.

Esses times têm total liberdade para planejarem e realizarem o trabalho da maneira que julgarem melhor. Esse conceito é tão presente que você pode encontrar pessoas que usam o Método Kanban para organizar suas tarefas, enquanto outras preferem mensurar a produtividade em relação ao tempo gasto para a conclusão dos trabalhos.

O mais importante dentre todas essas informações é a colaboração: se um sistema funcionou para uma pessoa, outra pode conhecê-lo e adotá-lo em sua rotina, se julgar pertinente. O compartilhamento é, aliás, uma linha mestra dentro da empresa: a cultura organizacional é baseada nisso. Cabe ao líder apresentar os problemas e às equipes buscarem, juntas, as soluções para essa questão.

O importante é o foco no objetivo comum: tornar o Spotify o melhor produto possível.

A empresa também incentiva que os colaboradores testem soluções e errem. Errar? Sim! Eles acreditam que os erros levam ao aprendizado. Portanto, as tentativas falhas conduzem a um produto aprimorado. Além disso, o Spotify acredita que confiar nos profissionais é mais importante do que controlá-los — e essa confiança pode ser traduzida no espaço para inovações que a empresa oferece.

Como você pôde ver, é possível observar alguns pontos em comum na cultura organizacional em grandes empresas: a valorização do funcionário, a confiança em suas capacidades e uma abordagem mais livre, que favoreça a inovação.

E então? O que você acha de começar a aplicar alguns desses conceitos na sua gestão de pessoas? Aproveite para compartilhar esse conteúdo nas suas redes sociais!

Este texto foi produzido por Ligia Gama, em parceria com a Rock Content.

Não deixe de ler também…

O Guia Definitivo de People Analytics
People Analytics

O que é People Analytics?

A presença da análise de dados na área de gestão de pessoas se consolida a cada ano. Grandes corporações passaram a investir em soluções tecnológicas

Leia mais »
Em tempos de crise, bons líderes priorizam a escuta
Gestão de Pessoas

Em tempos de crise, bons líderes priorizam a escuta

Quando ocorre uma crise, você precisa que sua liderança seja tão livre de preconceitos, elástica, hábil e dinâmica quanto as circunstâncias se desenrolam rapidamente ao seu redor e sua organização. Erika James e Lynn Perry Wooten oferecem uma perspectiva interessante sobre o lugar da escuta durante crises.

Leia mais »